Preto, pobre, agredido, morto…
Não há nada de novo sob o Sol.
Mulher, agredida, violada, prostituída…
Não há nada de novo sob o Sol.
A luz que venda meu olhos
É a mesma que amarra minha boca
Cruzo com a morte a todo momento
E a cada esquina improviso uma saída
Para viver, provisoriamente, mais um instante.
As feridas do meu corpo queimam sob o azul do céu
Nuvens nefastas, árvores medonhas, flores do mau.
A agressão que rondava-me em vida estende-se pela morte
Um policial me vigia, nada faz, só vigia.
Enquanto minha vida escorre pelo ralo.
Assiste meu definhar com uma pitada de prazer.
O prazer da instituição, menos um!
Liberto-me agora do que me subjulgava, da própria vida.
Mais só assim me verei livre da agressão e da repressão?
Não há nada de novo sob o sol.
Dedicado a Samuel, mais uma estrela que se apaga nessa guerra civil cotidiana…
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