domingo, 29 de agosto de 2010

Pão e pedras?

Queremos pão, mas também às rosas!!
É interessante ver como nós, seres humanos nos descolamos da natureza, não nos vemos como parte dela. Quem nunca ouviu aquela frase famosíssima: "vamos salvar a natureza"?
E nós seres humanos, não somos também natureza?
Somos o que então?
Fazemos da natureza um objeto a ser dominado por nós, homens, sujeitos. Tendo-se em vista que, nesta mesma lógica do capital e do lucro, não são todos os homens que podem ter o controle e o domínio da natureza, este ato se faz por uma porção mínima da população humana, que se faz proprietária da natureza, enquanto todos os outros homens (e mulheres) minguam como meros objetos perante a estes, sendo, quando possível, descartados.
Mas vamos pensar um pouco, só um pouco. O domínio do Homem sobre a Natureza só tem sentido, se este mesmo homem é não-natureza, certo? Bom isto coloca o homem um nívle acima de tudo o que é "natural". Mas quem dominaria o homem? Outros homens? Existiriam seres humanos mais aptos que outros seres humanos e isso justificaria a diferenç aeconômica e social existente na sociedade?
Parece que é bem sob esse tipo de idéias que a mundo humano é concebido.
Essa “invenção da natureza”, dentro da lógica capitalista se torna demasiado interessante, pois esta se difere de outras economias de troca no seguinte: produz, de um lado, uma classe que domina os meios de produção para toda a sociedade, ainda que não produza trabalho, e, de outro lado, uma classe que domina somente sua própria força de trabalho, que precisa ser vendida para sobreviver. Portanto, esta diferenciação em classes sociais não é natural, esta classe dominante, tendo em vista manter a sua dominação em relação as outras, cria uma série de instituições como as leis, a polícia, a escola, a religião, entre outras, tendo em vista naturalizar este e outros processos de injustiça sociais presentes constantemente na sociedade, porém, o quadro de fome, de guerras, de opressões que instituiu-se em nome da “civilização”, constata a inconsistência destas instituições e, sobretudo, do Estado.
E é por isso que nós, homens e mulheres, atrás do PÃO nosso de cada dia, nos recusamos a aceitar este modelo de sociedade que nos é imposto, esta coerção consentida (e da qual nos cansamos de consentir). Somos seres Naturais, assim como as plantas, os peixes e as PEDRAS.
Meme quand je marcherais dans la vallée de l'ombre de la mort je ne craidrais aucun mal, car tu es avec moi.
Pão e Pedras...

Baltazar Called

sábado, 21 de agosto de 2010

Manifesto Oportunista

Tirem as barbas e bigodes!
Vocês foram descobertos!!
Minha intenção é ruim, e eu sou bem pior do que pareço. Vim pra sabotar seu raciocínio, com bombas dialógicas e tiros em forma de palavras. Violentamente pacífico, imprevisível.
Mais, espera um pouco, o que isso tudo quer dizer?
O sono da razão desperta monstros, mais seu despertar pode revelar caminhos de emancipação - é o que dizia uma imagem famosa de Goyá. É essa nossa intenção aqui, libertar montros, pesadelos, e quem sabe um dia nos libertarmos também.
Aqui não se respeita direitos autorais, tudo o que for escrito é uma plágio mal feita do mundo real, uma reprodução distorcida do mundo em fantasia, ilusão.
Logo, nestes tempo de silêncio, boca gelada e murmúrio, eu grito. Grito pelo prazer de ter cinco sentidos num só. Falo com a língua torcida, e meus dentes de vidro se quebram sob a agressão de anuncios e propagandas, o polícial me vigia.
Relato aqui, de tempos em tempos, em uma simultaneidade retardada, o dia-a-dia desta guerra civil cotidiana na qual sobrevivo, em uma utopia quase particular de que se é tempo de morte, logo será tempo de amor.

Baltazar Called