sábado, 29 de janeiro de 2011

O porque de as rosas não falarem.


Durante séculos homens e mulheres exaltam a beleza das rosas. Fala-se de suas cores, do seu cheiro, sua beleza. Criaram teorias, fizeram romances, poemas, perfumes.
Logo, não estou aqui para elogiar as rosas, pelo contrario. Quero adverte-las sobre questões que os mais sábios parecem não ter percebido.
A roseira é a comunidade das rosas, lá vivem todas elas, mudas, surdas, e talvez telepáticas, não se movem. Isso por que estão cercadas de espinhos.
Isso mesmo, o grande mal são os espinhos!
 Isso por que estes permanecem armados com suas lanças escarlates, pintadas de verde para fazer propaganda de alguma esperança. Esperança que morre a cada dia. Imortal esperança.
As rosas, por sua vez, vestem-se de medo, cheiram medo, comem medo, habitam o medo. E o vermelho-sangue escorre de suas pétalas cada vez que estas expressam o gosto por alguma novidade. O tempo todo são obrigadas a trair a própria natureza educando - desde cedo - os jovens botões ao medo. Medo este que já está cristalizado nos mais velhos. Vivem de medo, e matam por medo.
É por isso que as rosas, até hoje, tem se refugiado no amor, a única coisa que lhes resta. A única coisa que os espinhos não conseguem impedi-la de sentir e o mesmo que os grandes poetas não se cansam de idealizar. O amor nasceu da noite, da chuva, da subversão e da covardia.
Mas é mesmo muito triste a vida das rosas. Triste por que elas morrem após ter amado uma vez. Uma única vez.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Porquês


Porque?
Porquê?
Por que?
Tantos “porquês” vão me deixar louco!

Sem inspiração...